Iinterpretando o texto de Luiz Antônio Marcuschi
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Iinterpretando o texto de Luiz Antônio Marcuschi
GÊNEROS TEXTUAIS
Segundo Marcuschi os gêneros textuais são entidades sócio-discursivas e formas de ação social incontornáveis em qualquer situação comunicativa
Na antiguidadde, antes do surgimento da escrita alfabética séc. VII A.C, havia um número limitado de gêneros. Após a invenção da escrita multiplicaram-se os gêneros de tal forma que se torna difícil mensurá-los.
Existem os gêneros próprios da escrita e os próprios da oralidade.
Quando pensamos em gêneros textuais, temos que caracterizá-los muito mais por suas funcões comunicativas,cognitivas e institucionais do que por suas peculiaridades lingüística e estruturais.
Pensando em funções comunicativas, torna-se de crucial importãncia pensarmos nos suportes tecnológicos da comunicação tais como o rádio, a televisão, o jornal, a revista, a internet que são canais de comunicação viabilizadores da propagação dos gêneros que às vezes se fundem com outros, conforme observação de Bakhtin [l997] que falava na transmutação dos gêneros e na assimilação de um gênero por outro gerando novos. A tecnologia favorece o surgimento de formas inovadoras, mas não absolutamente novas. Podemos citar como exemplo uma conversa telefônica com todas as suas peculiaridades diferente de uma conversa estando os locutores face a face.
Marcurschi salienta ainda, que embora os gêneros textuais não se caracterizam nem se definam por aspectos formais, sejam eles estruturais ou lingüísticos, e sim por aspectos sócio-comunicativos e funcionais, isso não quer dizer que estejamos desprezando a forma. Pois em muitos casos, são as formas que determinam o gênero e, em outros tantos serão as funções. Contudo, haverá casos em que será o próprio suporte ou o ambiente em que os textos aparecem que determinam o gênero presente.Como exemplo podemos citar um texto que aparece numa revista científica e constitui um gênero denominado "artigo científico"; imaginemos agora o mesmo texto publicado num jornal diário e então ele seria um "artigo de divulgação científica'. Pensando em hierarquia e valoração é claro que na revista científica será dado a este mesmo texto muito mais credibilidade informacional.
Tanto Bakhtin [1997] quanto Bronkart [1999] defendem a posição de que é impossível se comunicar verbalmente a não ser por algum gênero, assim como é impossivel se comunicar verbalmente a não ser por algum texto.Essa forma de pensar é compartilhada pela maioria dos autores que tratam a língua em seus aspectos discursivos e enunciativos, e não suas peculiaridades formais. Esta visão segue uma noção de língua como atividade social, histórica e cognitiva. Privilegia a natureza funcional e interativa e não o aspecto formal e estrutural da língua; ela não é vista como um espelho da realidade, nem como um instrumento de representação dos fatos. Nesse contexto, a língua é tida como uma forma de ação social e histórica. Hipótese sócio-interativa da língua. É neste contexto que os gêneros textuais se constituem como açõess sócio-discursivas para agir sobre o mundo e dizer o mundo, constituindo-o de algum modo.
É necessário que saibamos distinguir gêneros e tipos textuais. Entre os autores que defendem uma posição similar à aqui exposta estão Douglas Biber [1998], John Swales [1990], Jean Michel Adam [1990], Jean Paul Bronkart [1999].
Usamos a expressão tipo textual para designar uma espécie de construção teórica definida pela natureza lingüística de sua compoosição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas). Em geral, os tipos textuais abrangem cerca de meia dúzia de categorias conhecidas como: narração, argumentação, exposição, descrição, injunção e diálogo.
Usamos a expressão gênero textual como uma noção propositalmente vaga para referir aos textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam característics sócio-comunicativs definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica. Se os tipos textuais são apenas meia dúzia, os gêneros são inúmeros. Exs: telefonema, sermão, carta comercial, carta pessoal, romance, bilhete, reportagem jornalística, aula expositiva, reunião de condomínio, horóscopo, bula de remédio, outdoor, resenha, piada, bate papo por computador, etc.
Usamos a expressão domínio discursivo para designar uma esfera ou instãncia de produção discursiva ou de atividade humana.Esses domínios não são textos nem discursos, mas propiciam o surgimento de discursos bastante específicos. Do ponto de vista dos domínios, falamos em discurso jurídico, discurso jornalístico, discurso religioso etc., essas atividades não abrangem um gênero em particular, mas dão orígem a vários deles.
Em relaçao às observações teóricas acima,deve-se ter o cuidado de não confundir texto e discurso como se fossem a mesma coisa. Embora haja muita discursão a esse respeito, pode-se dizer que texto é uma entidade concreta realizada materialmente e corporificada em algum gênero textual. Discurso é aquilo que um texto produz ao se manifestar em alguma instância discursiva. Assim, o discursos se reliza nos textos. Em outroas termos, os txtos realizam discursos em situações institucionais, históricas, sociais e ideológicas. Os textos são acontecimentos discursivos para os quais convergem ações lingüísticas, sociais e cognitivas, segundo Robert de Beaugrande (19970).
Segundo Marcuschi os gêneros textuais são entidades sócio-discursivas e formas de ação social incontornáveis em qualquer situação comunicativa
Na antiguidadde, antes do surgimento da escrita alfabética séc. VII A.C, havia um número limitado de gêneros. Após a invenção da escrita multiplicaram-se os gêneros de tal forma que se torna difícil mensurá-los.
Existem os gêneros próprios da escrita e os próprios da oralidade.
Quando pensamos em gêneros textuais, temos que caracterizá-los muito mais por suas funcões comunicativas,cognitivas e institucionais do que por suas peculiaridades lingüística e estruturais.
Pensando em funções comunicativas, torna-se de crucial importãncia pensarmos nos suportes tecnológicos da comunicação tais como o rádio, a televisão, o jornal, a revista, a internet que são canais de comunicação viabilizadores da propagação dos gêneros que às vezes se fundem com outros, conforme observação de Bakhtin [l997] que falava na transmutação dos gêneros e na assimilação de um gênero por outro gerando novos. A tecnologia favorece o surgimento de formas inovadoras, mas não absolutamente novas. Podemos citar como exemplo uma conversa telefônica com todas as suas peculiaridades diferente de uma conversa estando os locutores face a face.
Marcurschi salienta ainda, que embora os gêneros textuais não se caracterizam nem se definam por aspectos formais, sejam eles estruturais ou lingüísticos, e sim por aspectos sócio-comunicativos e funcionais, isso não quer dizer que estejamos desprezando a forma. Pois em muitos casos, são as formas que determinam o gênero e, em outros tantos serão as funções. Contudo, haverá casos em que será o próprio suporte ou o ambiente em que os textos aparecem que determinam o gênero presente.Como exemplo podemos citar um texto que aparece numa revista científica e constitui um gênero denominado "artigo científico"; imaginemos agora o mesmo texto publicado num jornal diário e então ele seria um "artigo de divulgação científica'. Pensando em hierarquia e valoração é claro que na revista científica será dado a este mesmo texto muito mais credibilidade informacional.
Tanto Bakhtin [1997] quanto Bronkart [1999] defendem a posição de que é impossível se comunicar verbalmente a não ser por algum gênero, assim como é impossivel se comunicar verbalmente a não ser por algum texto.Essa forma de pensar é compartilhada pela maioria dos autores que tratam a língua em seus aspectos discursivos e enunciativos, e não suas peculiaridades formais. Esta visão segue uma noção de língua como atividade social, histórica e cognitiva. Privilegia a natureza funcional e interativa e não o aspecto formal e estrutural da língua; ela não é vista como um espelho da realidade, nem como um instrumento de representação dos fatos. Nesse contexto, a língua é tida como uma forma de ação social e histórica. Hipótese sócio-interativa da língua. É neste contexto que os gêneros textuais se constituem como açõess sócio-discursivas para agir sobre o mundo e dizer o mundo, constituindo-o de algum modo.
É necessário que saibamos distinguir gêneros e tipos textuais. Entre os autores que defendem uma posição similar à aqui exposta estão Douglas Biber [1998], John Swales [1990], Jean Michel Adam [1990], Jean Paul Bronkart [1999].
Usamos a expressão tipo textual para designar uma espécie de construção teórica definida pela natureza lingüística de sua compoosição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas). Em geral, os tipos textuais abrangem cerca de meia dúzia de categorias conhecidas como: narração, argumentação, exposição, descrição, injunção e diálogo.
Usamos a expressão gênero textual como uma noção propositalmente vaga para referir aos textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam característics sócio-comunicativs definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica. Se os tipos textuais são apenas meia dúzia, os gêneros são inúmeros. Exs: telefonema, sermão, carta comercial, carta pessoal, romance, bilhete, reportagem jornalística, aula expositiva, reunião de condomínio, horóscopo, bula de remédio, outdoor, resenha, piada, bate papo por computador, etc.
Usamos a expressão domínio discursivo para designar uma esfera ou instãncia de produção discursiva ou de atividade humana.Esses domínios não são textos nem discursos, mas propiciam o surgimento de discursos bastante específicos. Do ponto de vista dos domínios, falamos em discurso jurídico, discurso jornalístico, discurso religioso etc., essas atividades não abrangem um gênero em particular, mas dão orígem a vários deles.
Em relaçao às observações teóricas acima,deve-se ter o cuidado de não confundir texto e discurso como se fossem a mesma coisa. Embora haja muita discursão a esse respeito, pode-se dizer que texto é uma entidade concreta realizada materialmente e corporificada em algum gênero textual. Discurso é aquilo que um texto produz ao se manifestar em alguma instância discursiva. Assim, o discursos se reliza nos textos. Em outroas termos, os txtos realizam discursos em situações institucionais, históricas, sociais e ideológicas. Os textos são acontecimentos discursivos para os quais convergem ações lingüísticas, sociais e cognitivas, segundo Robert de Beaugrande (19970).
jacira- Mensagens : 3
Data de inscrição : 14/06/2008
Re: Iinterpretando o texto de Luiz Antônio Marcuschi
Marcurschi faz definições dinstinguindo gêneros textuais de tipos textuais, também concordo que " é impossível se comunicar verbalmente a não ser por algum gênero, assim como é impossivel se comunicar verbalmente a não ser por algum texto". Não lembro-me se os professores, quando eu estudava, terem passado a visão e essa noção de língua como atividade social, histórica e cognitiva. Realmente pivilegiar essa natureza funcional e interativa e não o aspecto formal e estrutural da língua faz com que o aluno compreenda melhor essas definições.
Edivânia Farias Siqueira- Mensagens : 3
Data de inscrição : 16/06/2008
Texto e discurso
Segundo Marcuschi texto é a unidade concreta que se materializa em algum gênero textual. Já o discurso se realiza no texto, cada vez que um texto é lido o discurso pode ser modificado de acordo com a vivência e a experiência de vida e de mundo de cada leitor. Sendo que um mesmo leitor pode ter vários discursos de um mesmo texto, vai depender da "bagagem" cultural e social de cada época em que esse leitor .
Ana Paula- Mensagens : 4
Data de inscrição : 16/06/2008
Texto e Discurso
É verdade, Ana Paula. Comecei a pensar sobre isso quando li o texto da Orlandi (O intelegível, o interpretável e o compreensível). É interessante pensar que quem lê também produz sentidos para um texto, mais interessante ainda é pensar que nós mesmos significamos e re-significamos os textos várias vezes, isso porque a produção dos sentidos faz parte de um processo sócio-histórico.
Fernanda Barbosa- Mensagens : 2
Data de inscrição : 08/06/2008
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